Arte e Sociedade

Passei algum tempo refletindo a respeito da importância da arte na vida da sociedade. Tudo bem, vamos por partes.
            No atual momento, estou atuando como professora da disciplina de arte (desafio brilhante e envolvente), depois de passar tanto tempo como pedagoga. Devo comentar com o ilustre leitor que este fato está me fazendo muito bem, pois abriu os meus olhos para o belo, o diferente, o novo e o lado intrigante e crítico da arte.
            Durante uma aula, levei para sala a obra de arte do artista Edvard Munch, “O Grito” e foi o máximo. Iniciamos fazendo uma investigação a respeito da época em que o artista pintou o quadro e o movimento artístico ao qual ele pertencia. Logo, partimos para  investigação da sua vida pessoal.             Após estas etapas, convidei os alunos a realizarem a releitura da obra. “Ambientalizei” a sala com uma música de fundo e deixei a criatividade de cada aluno correr solta.
            Minha surpresa foi tamanha ao verificar o trabalho que cheguei a pensar: de onde vem tanta criatividade? Os desenhos retratavam o atual momento da sociedade: a violência, o individualismo, as questões relacionadas ao meio ambiente, cenário político a até questões amorosas da adolescência e juventude.
            Fico a me perguntar: quanto grito reprimido em nossos alunos que clamam por amor e atenção de pai e mãe? Quanto grito reprimido no coração de nossos professores cansados de levar nas costas a carga deixada de lado por algumas famílias, no que diz respeito à educação dos filhos?          Quanto grito sufocado em meio à sociedade tão doente por tanta violência, discriminação, racismo, egoísmo e indiferença? Quanto grito sufocado, de mães que perdem seus filhos para as drogas e o mundo do crime?
            Enfim, quanto ainda precisaremos gritar, para que nossos governantes ouçam que precisamos de ajuda? Não dá mais para levar nos ombros esta carga tão grande de indiferença com relação aos problemas que estão todos os dias aparecendo na mídia.
            E a arte? Bom, a arte está aí para manifestar não apenas o belo, mas também a nossa total indignação contra as barbaridades que vêm acontecendo no cenário político e social do nosso Brasil.

Tatiana Ferrarini

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Você sabia?

Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua?

Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de reconhecerem a si mesmos na frente de um espelho?

Apenas uma gota de óleo faz com que 25 litros de água se tornem impróprios para o consumo?

É impossível espirrar com os olhos abertos?

O músculo mais potente do corpo humano é a língua?

Os destros vivem, em média, nove anos mais que os canhotos?

Os golfinhos dormem com um olho aberto?

Pedro Augusto  8ºA
                                                                                                                                            


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Maio na história

1º de maio é considerado o dia internacional do trabalho. Esta data relembra as lutas trabalhistas dos trabalhadores norte-americanos em busca de direitos.

No dia 5 de maio de 1979, Margaret Thatcher foi eleita primeira-ministra da Inglaterra. Foi a primeira mulher a ocupar este cargo e ficou conhecida como “Dama de Ferro”.

No dia 25 de maio de 1521 Martinho Lutero foi considerado herético por divulgas as ideias protestantes.

22 de maio de 1960 marcou a história do Chile com o mais devastador terremoto que aconteceu nas Américas. Os 9,5 graus mataram mais de 5.700 pessoas.

Jonas Luiz - EJA

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Lembranças

Acordo no meio da noite e escuto o cri-cri dos grilos, como se estivesse ao meu lado. Fico igual a uma panqueca na frigideira, fico virando de um lado para outro, mas parece que nada está bom. Enfim adormeço. E como se passasse um minuto de minha vida, acordo assustada. O dia está claro, penso ainda meio adormecida “Como? Se uns minutos atrás ainda estava de noite?”. Me levanto e sinto o ar gelado e tenso tocando o meu rosto.
Desço até a casa de minha vó ainda de pijama, a porta está aberta, então logo entro e a vejo no quarto do mesmo jeitinho de antes, como há uma semana atrás , em um colchão de ar, sem ter nenhum movimento de seu corpo.Neste mesmo instante me vem à memória várias lembranças de nós duas sentadas na varanda rindo das minhas palhaçadas. Mas agora volto à realidade, nada mais disso aconteceria.
Então me deito no sofá duro junto a minha mãe. Minutos depois meu pai entra na sala, mas logo sai, pois vai comprar o alimento de minha vó. Antes de sair passa no quarto em que ela está e a beija na testa. Logo após que meu pai saiu, mamãe levantou para lhe dar o remédio. Mas já era tarde demais, vovó não está mais respirando, então me desespero quero trazê-la novamente de alguma forma, saio correndo na rua ainda de pijama pedindo ajuda, ligo várias vezes para a ambulância, porém ninguém atende, realmente já era tarde demais.
Enfim coloco em minha mente o que minha mãe sempre me diz, faça o que puder enquanto a pessoa estiver presente na nossa vida, pois depois que ela se for ela só existirá em seu coração e as lembranças em sua memória ficarão.
Luiza Andréa de Oliveira Taverna, 9°A.

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Coluna: Grito com Grito.

Você gosta de música?
Depois de algumas horas de conversa sobre vários temas eis que surge o assunto: música. Um amigo me faz a seguinte provocação: Para onde caminha a música brasileira? Frente a esta situação com respostas no mínimo vagas só pude responder com outra provocação “que música?” A ambiguidade da réplica pode ser resolvida facilmente ao analisar, mesmo que de forma superficial, o que se entende por música contemporânea brasileira. Seria esta a música feita longe das grandes corporações da indústria fonográfica, ou aquilo que esta na boca do povo? O que seria música popular brasileira em 2012? Aquela que é feita pelo povo ou aquela que imposta a este como gosto universal?
Não querendo discutir a questão da liberdade de gosto, que todos têm direito, mas sim, apenas satisfazer uma curiosidade: como pode fazer tanto sucesso gravações musicais com tão baixa qualidade? Entendendo qualidade como um conjunto entre arranjos e letras onde o talento de quem canta dá o toque final. Meia hora ouvindo as estações de rádio que são campeãs de audiência é suficiente para entrar em uma depressão quase irreversível. Uma enxurrada de rimas óbvias e pobres (quando ocorre rima) uma enorme variedade de desafinações onde aqueles com a mínima afinação se destacam como estrelas, refrões infantilizados, jargões absurdos e uma pesada propaganda enganosa fazem o quadro do que pode ser a música popular brasileira.
Seriam estas as músicas que os brasileiros fazem? Ou seriam o que fazem da música as grandes indústrias? As falsificações estão por toda a parte, não é necessário um olhar muito aguçado para vê-las, por exemplo: os sambas já não mais são dos morros, pelo contrário passam bem longe deste e o que se tem são grupos com mais de seis integrantes uniformizados dançando passos ensaiados envergonhando qualquer bamba; duplas sertanejas que mal sabem o que esta palavra quer dizer, formadas por garotões nascidos em grandes centros urbanos longe das dores e dos prazeres do campo, e a simples presença de um sertanejo verdadeiro poderia amedrontá-los e retirar-lhes da face o sorriso alvo e bem tratado; o que se chama de rock é no mínimo uma piada para os roqueiros que sabem o que esta tradição quer dizer, abandonou-se qualquer tipo de rebeldia característica deste gênero e adotou-se uma postura amigável, bandas com bons garotos, corretos e de boa índole cantando músicas voltadas para o amor adolescente, mesmo que da forma mais superficial possível. Estes são apenas alguns exemplos da transfiguração da música brasileira, isso pode ser observado em todas as vertentes musicais.
Esta visão, porém, pode ser confundida com saudosismo ou até mesmo nostalgia, creio não ser o caso, embora no futuro não será fácil esconder o constrangimento de ter pertencido a uma época de tamanha decadência cultural e não poder falar como um senhor que me fala hoje de forma orgulhosa de sua juventude e cita grande nomes da música. É evidente que isso não quer dizer que não exista música de qualidade sendo feita no Brasil, existe sim, o que ocorre é que elas não estão onde o público procura.
Pires de Mello.

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“Em política o que vale é a versão e não os fatos” ( José Maria A.)

A sociedade é uma plateia que se ilude facilmente com os ilusionistas que adoram fazer mágica com o nosso dinheiro e utilizam as melhores armas: as palavras. E, ao final do espetáculo, todos aplaudem.
Alias, isso já é fato. Parece que estamos acostumados a ter um alguém pisando em nossas cabeças, nos deixando feito baratas tontas. Espero que o povo abra os olhos e descubra os truques de ilusionismo, que o dinheiro que deveria ser investido para benefícios públicos, sempre acaba na caixinha mágica dos queridos ilusionistas.
É fácil brincar com o povo, quando a maioria das pessoas não entende o significado de “política”, onde é muito mais fácil mexer com a cabeça daqueles que se deixam levar pelos sorrisos hipócritas que são dados diante das câmeras de TV, quando na verdade eles não veem a hora de tirar o coelho da cartola.
Portanto, não deixe que seus olhos se fechem, não se deixe levar pelas supostas mágicas feitas em palco. Política não é brincadeira (apesar de que alguns a transformaram nisto), é preciso estar sempre atento.
Assim, finalmente, chegamos à frase que todos estamos carecas de ouvir:
“O futuro do país é você que decide”.
Inayara Rocio 2º B.

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Big brother Brasil ou Big falta de cultura nacional?

Charge: Thayna (ex-aluna)


Caros brasileiros, informo que para quem gosta de concorrer a prêmios existem: tele sena, mega sena, timemania e outra infinidade de jogos disponíveis. Ninguém precisa se sujeitar a participar de programas que só ocupam espaço na rede nacional pela falta de cultura da sociedade.
            E pra quem assiste, queria muito saber o que é mais fútil do que ‘cuidar da vida’ de quem você nunca viu e provavelmente nunca vá ver. Um programa que recebe críticas até de ‘estrelas’ da mesma rede de emissão, merece algum respeito? Na minha opinião, não. No final de janeiro o artista Jô Soares postou no seu twitter “BBB = desligue a TV”. Esse programa é a morte dos valores, da ética, dos princípios e da moral.
            Algo que comprova isso é o suposto caso de estupro que ocorreu dentro da casa, o participante Daniel (que nunca se pronunciou a respeito do caso) é o acusado de ter estuprado a participante Monique, que estava bêbada e inconsciente de seus atos. O episódio aconteceu durante a primeira semana de exibição do programa, após uma festa, e Monique diz não se lembrar de nada.
            Para que possa ter alguma utilidade, apenas como base para outra ideia, a cantora e artista Rita Lee teve uma das suas concepções brilhantes: “Colocar todos os pré-candidatos à presidência da República trancados em uma casa, debatendo e discutindo seus respectivos programas de governo [...]. Toda semana o público vota e elimina um. No final do programa, o vencedor ganharia o cargo público máximo do país. Além de acabar com o enfadonho e repetitivo horário político, a população conheceria o verdadeiro caráter dos candidatos. [...]”.
            Um detalhe intrigante é porque o Pedro Bial, um jornalista, documentarista e escritor conceituado, que cobriu a queda do muro de Berlim, pode ser o apresentador desse programa e ainda tratar os participantes como ‘heróis’. Por qual motivo merecem esse ‘titulo’? Eles comem, dormem, pegam sol, ganham festas e shows maravilhosos e convivem uns com os outros. Coisas em que a maioria dos verdadeiros heróis que temos na nossa sociedade não tem acesso.
O Big Brother Brasil, no formato que conhecemos, não é um programa educativo, nem informativo, nem dá estímulo a outras coisas como esporte, música etc. Não apenas ele, como a Fazenda e outros programas do tipo, que estão no rol do desprestígio nacional.
             À pergunta é: por que a Rede Globo vai tirar do ar um programa que gera tanto lucro? No primeiro dia de exibição a globo arrecada só com os valores da publicidade todo o valor que será distribuído em prêmios no programa. Do segundo dia em diante é só lucro.
            E porque tem tanta audiência? Porque as pessoas continuam assistindo? Será que não estamos vivendo uma nova versão da sociedade do pão e circo da Roma antiga?
Enfim, assim como A Fazenda, Big Brother Brasil é uma síntese do que há de pior na TV brasileira.
Andreza Rossini 3ºA.

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Wikileaks, o site da verdade.



Wikileaks é um site que começou a circular pela internet no mês de Dezembro de 2006. Possui como objetivo central anexar postagens de fontes anônimas, documentos, fotos e informações altamente confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos “sensíveis”.
            Uma das postagens mais polêmicas do site é a afirmação de que o ex-chefe da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, não foi jogado ao mar de acordo com um ritual islâmico, e sim, levado para os EUA em um avião do serviço de inteligência do país, em 2 de Maio de 2011 e com isso a notícia de que o corpo dele teria sido jogado ao mar não passou de um jogo de marketing.
            A equipe do Wikileaks é constituída por menos de 10 pessoas, mas dizem que o site conta com algo entre mil a dois mil voluntários. O principal editor e porta-voz é o australiano Julian Assange, jornalista e cyber ativista.
            O site possui muitas despesas por ano (principalmente para pagar despesas judiciais sofridas por conta dessas “informações confidenciais” que postam diariamente na rede), algo em torno de 200.000 dólares, principalmente empregados em servidores e burocracia.
            Para manter o site  e saldar as dívidas, a equipe conta apenas com uma única fonte de rendimentos, doações feitas por organizações das mídias. Cabe lembrar, que já existe o planejamento de criar um modelo de leilão, o qual visa vender o acesso precoce a documentos altamente confidenciais.

             Vale a pena conferir...
                                                                                              João Vinicíus 9ºA e Emanuelle Lima 9ºA.

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"No Brasil, a pena máxima por um crime é de 30 anos. Eu pago há 44 anos por um crime que não cometi..."


Moacir Barbosa do Nascimento nasceu em Campinas, interior de São Paulo. De família humilde, assim como a grande maioria dos brasileiros. O ano era 1921, época onde o Brasil ainda se acostumava ao regime republicano e se recuperava dos momentos conturbados do inicio do século marcado por movimentos sociais que influenciaram todo o país.
Barbosa, como era conhecido, teve uma infância difícil e procurou no futebol uma esperança de dias melhores. Logo na adolescência, Barbosa foi contratado pelo extinto Comercial da Capital, como ponta esquerda, mas foi no Ypiranga que achou seu lugar como goleiro.
Em 1945 Barbosa se transferiu para o Vasco da Gama, onde grandes atuações aliado ao tri campeonato carioca o levaram para a seleção brasileira de futebol. Barbosa era uma das referências do time que disputaria a primeira Copa do Mundo em um território americano.
A Copa de 50 era um sonho nacional, a comoção popular foi tanta que os brasileiros enxergavam na conquista do título uma forma de fugir dos problemas sociais e exaltar a nação através do esporte. O time incorporou este espírito e com atuações convincentes e goleadas chegou a última rodada do quadrangular final precisando apenas de um empate frente ao Uruguai para se sagrar campeão mundial de futebol.
No dia 16 de Julho de 1950, mais de 200 mil pessoas (Recorde mundial de público em um jogo de futebol) compareceram ao Maracanã, certos de que o Brasil sairia campeão. Sem muito susto, logo aos 2 minutos de jogo Friaça abriu o placar para o Brasil, e a vitória era questão de tempo. Esfriando o jogo, o Brasil manteve o controle da partida até os 21 minutos do segundo tempo, quando Schiaffino empatou o confronto. Porém foi faltando 11 minutos para o final do confronto que a vida do goleiro Barbosa mudou completamente.
O lance se deu pelo lado direito do ataque uruguaio, Ghuiggia foi lançado, avançou pela direita e bateu... entre a trave e Barbosa... era a virada uruguaia. O lance foi rápido, toda a defesa brasileira assistiu o meia uruguaio entrar sem marcação e bater. Porém somente Barbosa foi culpado. O Brasil não teve forças para reagir. 2x1 e a maior tragédia do futebol nacional de todos os tempos.
Após o confronto, Barbosa foi responsabilizado pela derrota. Ficou estigmatizado como o símbolo do fracasso daquela geração. Não podia sair nas ruas, e sua carreira no Vasco passou por momentos difíceis. Barbosa oscilou entre a titularidade e a reserva por 5 anos, quando se transferiu para o Bom Sucesso, jogando ainda pelo Campo Grande-RJ. Durante este período teve depressão e nunca mais atuou como antes.
Após encerrar a carreira em 1962, Barbosa trabalhou como funcionário da SUDERJ, empresa que gerencia a manutenção do Maracanã. Viveu boa parte de sua vida trabalhando no palco onde a maior desgraça da vida de um jogador poderia acontecer. Barbosa faleceu em 2000, onde vivia recluso e longe de qualquer lembrança que ligasse ao futebol, ao lado de uma filha adotiva.
Barbosa sempre repetia a mesma frase: “No Brasil a pena máxima é de 30 anos. Até hoje eu pago por um crime que não cometi”. No caso do Barbosa, o fanatismo pelo futebol dói tanto a ponto de marcar sua vida para sempre, a ponto de fazer com que por um único lance, Barbosa jamais pudesse dormir sem lembrar aquela fatídica tarde de Julho.

Osni Gustavo Fagundes.

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A menina que roubava livros


Há mais de um ano na lista dos mais vendidos do "The New York Times",  o livro “A menina que roubava livros”, escrito por Markus Zusak, publicado no ano de 2006 e lançado no Brasil em março de 2007, tem encantado leitores do mundo inteiro com sua fascinante história que relata a trajetória de uma menina que  se encontrou  com a morte três vezes e conseguiu sair viva das três ocasiões. A própria morte ficando tão impressionada com o fato jamais ocorrido, resolveu contar sua história. O autor  continua  a história narrando a respeito da importância que os livros alcançaram na vida de Liesel Meninger. A menina encontrava na leitura refúgio para seus pensamentos e frustrações. Com o passar do tempo, o ato de ler se torna uma sede infinita de conhecimento para nossa pequena protagonista.
            O enredo da incrível história acontece na época em que a Alemanha Nazista         era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte.
            Acredite: um livro surpreendente assim você não pode deixar de ler
                                    
Keila Andrade – 1° A

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