190: emergência ou paciência

Você já precisou do atendimento de emergência da central 190? Sabe como funciona e para que serve? Leia esta matéria e fique por dentro do que acontece nos “bastidores” do 190.
            O atendimento da polícia 190 é, ou melhor, seria uma ligação mais rápida e direta entre a população e a polícia nos momentos de necessidade. De acordo com um policial que preferiu não ser identificado, a central 190 funciona da seguinte maneira: a pessoa  liga  e após atendimento, a solicitação é despachada para uma central de rádio,  onde o operador  repassa para as viaturas que estão em condições de atendimento. Essa ocorrência, desde o atendimento na central do 190, leva aproximadamente cinco minutos para que os policiais se desloquem até o local da chamada. Daí ao referido local da ocorrência onde a chamada se originou, varia de 15 a 20 minutos. O policial que prefere ficar no anonimato ressalta que tudo isto acontece de forma rápida, se as poucas viaturas existentes não estiverem  empenhadas em outras ocorrências ou apresentando problemas mecânicos. Andando pelo bairro e conversando com a população, não é difícil de encontrar pessoas que já precisaram do serviço e reclamam do atendimento. Cito o caso do jovem que precisou da ajuda da policia e não foi atendido. “Liguei para central 190, levou cerca de  três minutos para  que eu fosse atendido. Primeiramente escutei uma gravação, que pedia para ter calma e estivesse com o endereço em mãos, logo em seguida um policial me atendeu. Relatei que precisava  de uma ambulância  para um amigo que ingeriu veneno de rato; o policial simplesmente me disse que não era lugar para brincadeira e desligou na minha cara. Tentei ligar novamente mas não me atenderam”, conta Guilherme de Souza .
            A pedagoga do colégio João Gueno, Tatiane Ferrarini, teve sua casa invadida por dois homens às 14 horas, em plena luz do sol . Ao ligar para o 190 ficou esperando em torno de 5 minutos e ouviu do atendente que o melhor a fazer era um abaixo assinado para que o governo implantasse um patrulhamento no bairro. Comunicou que em minutos a patrulha estaria na sua casa. Quer saber a conclusão da história? Vamos ao saldo: A funcionária do colégio, com medo de chegar em casa e não ter  seus pertences,  filho com síndrome do pânico e a polícia....bom, até a data de hoje ainda não apareceu no bairro. E o governo, passa MUITO BEM, obrigada.
             Atenção pessoal: o serviço 190 não é brincadeira; é emergência. Então, nada de trotes de mau gosto. Por isso, se precisar de atendimento mais rápido,  tenha em mãos  o nome da rua e bairro onde aconteceu a ocorrência e seus documentos pessoais .
            Termino com a última frase dita por nosso  policial  anônimo que sofre com toda essa situação. “Tanto quanto a população, acredito que muito pode ser feito para melhorar, mas infelizmente dependemos de um governo desinteressado com questões de segurança”.
             Até quando vamos ficar reféns do medo, presos em nossas casas, sofrendo com esta situação? Acordem, senhores governantes.

                                                                                                        Aline Andressa 2ºB

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