Lembranças

Acordo no meio da noite e escuto o cri-cri dos grilos, como se estivesse ao meu lado. Fico igual a uma panqueca na frigideira, fico virando de um lado para outro, mas parece que nada está bom. Enfim adormeço. E como se passasse um minuto de minha vida, acordo assustada. O dia está claro, penso ainda meio adormecida “Como? Se uns minutos atrás ainda estava de noite?”. Me levanto e sinto o ar gelado e tenso tocando o meu rosto.
Desço até a casa de minha vó ainda de pijama, a porta está aberta, então logo entro e a vejo no quarto do mesmo jeitinho de antes, como há uma semana atrás , em um colchão de ar, sem ter nenhum movimento de seu corpo.Neste mesmo instante me vem à memória várias lembranças de nós duas sentadas na varanda rindo das minhas palhaçadas. Mas agora volto à realidade, nada mais disso aconteceria.
Então me deito no sofá duro junto a minha mãe. Minutos depois meu pai entra na sala, mas logo sai, pois vai comprar o alimento de minha vó. Antes de sair passa no quarto em que ela está e a beija na testa. Logo após que meu pai saiu, mamãe levantou para lhe dar o remédio. Mas já era tarde demais, vovó não está mais respirando, então me desespero quero trazê-la novamente de alguma forma, saio correndo na rua ainda de pijama pedindo ajuda, ligo várias vezes para a ambulância, porém ninguém atende, realmente já era tarde demais.
Enfim coloco em minha mente o que minha mãe sempre me diz, faça o que puder enquanto a pessoa estiver presente na nossa vida, pois depois que ela se for ela só existirá em seu coração e as lembranças em sua memória ficarão.
Luiza Andréa de Oliveira Taverna, 9°A.

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